sábado, 6 de novembro de 2010

O dia passou lentamente...


"O dia passou lentamente, seguido de uma noite de insônia e de um outro dia ainda mais longo. Esperava por alguém, mas ninguém chegou. Escureceu, caiu a noite. Uma chuva fria suspirava e arrulhava ao longo das paredes; o vento zumbia na chaminé, uma coisa qualquer agitava-se no chão. A água gotejava das beirais e as suas notas melancólicas acompanhavam estranhamente o tic-tac do relógio. Parecia que toda a casa vacilava debilmente, indiferente a tudo o que a cercava, entorpecida no abatimento..."

Trecho de A mãe de Máximo Gorki

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