"Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas
Nada contava nem tinha nome
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo
Caído, abandonado e decaído
Tudo era inalienavelmente alheio
Tudo era dos outros e de ninguém
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono"
Pablo Neruda
Neruda é sempre simples e fofo. Poesia que parece um abraço.
Neruda é sempre um prazer! É poesia diária, de ler ao acordar!
ResponderExcluirDá vontade de se aventurar de carona pela América Latina, de jogar tudo pro alto e viver as sensações do mundo!
Lindo demais! Parece mesmo abraço.
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