
Humildade
Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi. 
Que não sinta o que não tenho. 
Não lamente o que podia ter 
e se perdeu por caminhos errados 
e nunca mais voltou. 
Dai, Senhor, que minha humildade 
seja como a chuva desejada 
caindo mansa, 
longa noite escura 
numa terra sedenta 
e num telhado velho. 
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita, 
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão, 
pedras e tábuas remontadas. 
E ter sempre um feixe de lenha 
debaixo do meu fogão de taipa, 
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa 
na manhã de um novo dia que começa.”
Cora Coralina
Lindo esse texto, Gabi!
ResponderExcluirDe quem é?
Lindo mesmo!
ResponderExcluiresqueci de colocar! é da Cora Coralina!
ResponderExcluirLindo, simples... Cora Coralina sempre me parece um fim de tarde, no domingo, na casa de vó... quando todos os primos e parentes já foram embora... depois do tradicional almoço... daí a gente senta na varanda e fica olhando as roseiras, de vez em qndo tem um beija-flor, às vezes uma borboleta... e a vida corre assim, LEVE!!!
ResponderExcluirAMEI, Gabi!