
"Entre um rosto e um retrato 
O real e o abstrato 
Entre a loucura e a lucidez 
Entre o uniforme e a nudez 
Entre o fim do mundo e o fim do mês 
Entre a verdade e o rock inglês 
Entre os outros e vocês 
Eu me sinto um estrangeiro 
Passageiro de algum trem 
Que não passa por aqui 
Que não passa de ilusão 
Entre mortos e feridos 
Entre gritos e gemidos 
A mentira e a verdade 
A solidão e a cidade 
Entre um copo e outro da mesma bebida 
Entre tantos corpos 
Com a mesma ferida 
Eu me sinto um estrangeiro 
Passageiro de algum trem 
Que não passa por aqui 
Que não passa de ilusão...
Entre a crença e os fiéis 
Entre os dedos e os anéis
Entra ano e sai ano 
Sempre os mesmos planos...
Entre a minha boca e a tua 
Há tanto tempo, há tantos planos 
Mas eu nunca sei pra onde vamos...
Eu me sinto um estrangeiro 
Passageiro de algum trem 
Que não passa por aqui 
Que não passa de ilusão..."
A revolta dos Dândis, pt. I. Humberto Gessinger.  
 
 
Ai, amei! que letra!
ResponderExcluir:D É ótima, né?
ResponderExcluirNossa não conhecia essa letra, mas adorei, transparece muito o que é a juventude, pelo menos o que foi a alguns anos atrás. Tempo em que os jovens eram símbolo de rebeldia. Não conseguiam se inserir ou aceitar o mundo à volta deles, queriam um mundo melhor, e, por isso, eram estrangeiros. O importante era o aqui e o agora, não se sabia para onde iam, só sabia o presente!
ResponderExcluir"Há tanto tempo, há tantos planos
Mas eu nunca sei pra onde vamos...
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão..."