quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

o que de tão visto ninguém vê




Uma criança vê o que um adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que de tão visto ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher. Isso exige às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

Otto Lara Resende

3 comentários:

  1. Tenho tentado isso: ver as coisas com olhos atentos e limpos!

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  2. Eu amei essa citação do Otto... arrasou, Lu!

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  3. Nossa, Lu! MUITO bom esse trecho! A indiferença é mesmo algo cruel, um monstro, quando se aplica às pessoas que não a merecem! E muitas vezes acabamos sendo indiferentes às pessoas que amamos sem nos darmos conta!

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