A um monstro
Fome! E, na ânsia voraz que, ávida, aumenta,
Receando outras mandíbulas a esbangem,
Os dentes antropófagos que rangem,
Antes da refeição sanguinolenta!
Amor! E a satiríasis sedenta,
Rugindo, enquanto as almas se confrangem,
Todas as danações sexuais que abrangem
A apolínica besta famulenta!
Ambos assim, tragando a ambiência vasta,
No desembestamento que os arrasta,
Superexcitadíssimos, os dois
Representam, no ardor dos seus assomos
A alegoria do que outrora fomos
E a imagem bronca do que inda hoje sois!
Augusto dos Anjos.
Antropofagia! Adoro Augusto dos Anjos!
ResponderExcluirTambém gosto muitoo de Augusto dos Anjos. Descobri ele com "Psicologia de um vencido". Muito bom!
ResponderExcluirGosto muito daquele "Versos íntimos"...
ResponderExcluirESCARRA NESSA BOCA QUE TE BEIJA!