“a testa nobre de meu pai, ele próprio ainda úmido de vinho, brilhou um instante à luz morna do sol enquanto o rosto inteiro se cobriu de um branco súbito e tenebroso, e a partir daí todas as rédeas cederam, desencadeando-se o raio numa velocidade fatal: o alfanje estava ao alcance de sua mão, e, fendendo com um só golpe a dançarina oriental (que vermelho mais pressuposto, que silêncio mais cavo, que frieza mais torpe nos meus olhos!), não teria a mesma gravidade se uma ovelha se inflamasse, ou se outro membro qualquer do rebanho caísse exasperado, mas era o próprio patriarca, ferido nos seus preceitos, que fora possuído de cólera divina (pobre pai!), era o guia, era a tábua solene, era a lei q se incendiava”
Lavoura Arcaica, trecho do capítulo 29.
Terminei de ler! Realmente, este é um dos livros mais envolventes que já li! O filme dele já está baixando aqui ;)
ResponderExcluir...fendendo com um só golpe a dançarina oriental (que vermelho mais pressuposto, que silêncio mais cavo, que frieza mais torpe nos meus olhos!)
ResponderExcluirComo eu já disse várias vezes, esse livro foi de pirar o cabeção mesmoooo! Diferente de tudo o que eu já li! E o clube foi maravilhoso! Parabéns, Lu!
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