segunda-feira, 25 de julho de 2011

Alimento do amor

- [...] Não gosto de me gabar de minhas filhas, mas, para dizer a verdade, não é muito frequente vermos uma moça mais bonita que Jane. É o que todos dizem. Não confio em minha opinião parcial. Quando ela tinha apenas quinze anos, havia um cavalheiro que frequentava a casa do meu irmão Gardiner, em Londres. Ficou tão apaixonado por ela que minha cunhada teve certeza de que faria uma proposta antes de virmos para cá. No entanto, não a fez. Talvez a julgasse muito jovem. Apesar de tudo, escreveu-lhe uns versos, muitos bonitos, por sinal.
- E assim acabou a afeição daquele senhor - disse Elizabeth, impaciente. - Suponho que muitas terminaram da mesma forma. Gostaria de saber quem descobriu a eficácia da poesia para destruir o amor.
- Costumo considerar a poesia como o alimento do amor. - disse Darcy.
- De um amor sincero, sólido, sadio, talvez. Tudo serve de alimento ao que já tem força. Mas, quando se trata de uma ligeira e frágil inclinação, estou convencida de que um bom soneto é suficiente para matá-la a fome.

3 comentários:

  1. Comecei a gostar da Lizzy mais ou menos nessa parte!!To aos poucos gostando dela, mas prefiro a Jane e Lady Catherine!!

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  2. Adorei o trecho que a Mel escolheu! Sensacional :)

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  3. Faz muito sentido o que a Lizzy diz! "Tudo serve de alimento ao que já tem força"

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