segunda-feira, 21 de junho de 2010

O último poema

Assim eu quereria meu último poema

Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Manuel Bandeira, do livro Libertinagem.

2 comentários:

  1. adorei essa parte :"Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais"

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  2. Li esse livro em uns 40 minutos!!! iauahiauh Nosso seminário promete!!!

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