(Natureza morta com maçãs e laranjas, de Cézanne)
Por um lado te vejo como um seio murcho
Por outro como um ventre de cujo umbigo pende ainda o cordão placentário
És vermelha como o amor divino
Dentro de ti em pequenas pevides
palpita a vida prodigiosa
Infinitamente
E quedas tão simples
Ao lado de um talher
Num quarto pobre de hotel
Petrópolis, 25/02/1938
Manuel Bandeira
Por um lado te vejo como um seio murcho
Por outro como um ventre de cujo umbigo pende ainda o cordão placentário
És vermelha como o amor divino
Dentro de ti em pequenas pevides
palpita a vida prodigiosa
Infinitamente
E quedas tão simples
Ao lado de um talher
Num quarto pobre de hotel
Petrópolis, 25/02/1938
Manuel Bandeira
P.S.: para melhor compreensão do poema, recomendo a leitura de "Ensaio sobre 'Maçã'", de Davi Arrigucci Júnior. :)
"És vermelha como o amor divino"
ResponderExcluirLindo!
Adorei tudo por aqui, vou "linkar" vocês comigo!
ResponderExcluirPat Vieira
http://mulhernostrinta.blogspot.com/
ResponderExcluir"Vermelha como o amor divino" . Anotado e pensado!
ResponderExcluirPat, muito bom ter você com a gente! E adorei o post sobre nosso blog no seu site :) Ficou lindo!
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