quarta-feira, 16 de junho de 2010

“Uma semana foi preciso para que eu me recuperasse todo. Não provinha das dores nem das pancadas o meu desânimo. Verdade que em casa começaram a me tratar bem que dava para desconfiar. Mas faltava qualquer coisa. Qualquer coisa importante que me fizesse voltar a ser o mesmo, talvez a acreditar nas pessoas, na bondade delas. (...) A casa foi-se vestindo de silêncio como se a morte tivesse passos de seda. (...) Agora sabia mesmo o que era a dor. Dor não era apanhar de desmaiar. Não era cortar o pé com caco de vidro e levar pontos na farmácia. Dor era aquilo, que doía o coração todinho, que a gente tinha que morrer com ela(...)"
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Meu Pé de Laranja Lima, José Mauro de Vasconcelos

3 comentários:

  1. eu sofro junto com Zeze durante todo o livro!a linguagem simples emociona tanto!

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  2. Ai gente, to amando reler esse livro! E é incrível como eu vou lembrando de mim criança chorando a cada parte, acho que esse foi o livro que mais me marcou e que mais está presente na minha memória!

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