quinta-feira, 15 de setembro de 2011

No meio do caminho



No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.


Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
 
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
 
Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Carlos Drummond de Andrade

4 comentários:

  1. Mel, obrigada por ter me dado a chance de conhecer um pouquinho mais de Drummond esse ano! Amei!

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  2. Gabi, o aprendizado e a descoberta foram conjuntos! E fico muuuuito feliz que minha escolha tenha feito diferença na sua vida! Drummond é mesmo infinito, acho podemos lê-lo eternamente e ainda vai haver algo a ser decifrado.

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  3. Verdade, Mel! E esse poema é memorável! Adorei a frase da imagem, deu super certo com o poema.

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  4. "Nunca me esquecerei desse acontecimento
    na vida de minhas retinas tão fatigadas."
    Drummond é tão intenso...impossível absorver tudo em uma só leitura... muito bom viver sua poesia esse ano.

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