terça-feira, 7 de maio de 2013

Tempo do amor



“Tereza deixara de ser a chucra menina do sertão, retirada da cadeia e do prostíbulo, corpo e coração marcados a ferro e fogo. As marcas foram desaparecendo, no trato do doutor ela cresceu em formosura, em elegância, em graça, em mulher no esplendor da juventude. Antes solitária, fez-se risonha e comunicativa; era trancada, abriu-se em alegria.
Tempo do amor, quando se tornaram indispensáveis um ao outro. Amor de um deus, de um cavaleiro andante, de um ser sobre-humano, de um senhor, e de uma menina do campo, moleca de roça por ele elevada à condição de amásia, de moça com um verniz de finura e educação, mas amor profundo e terno, desbragado de desejo.”

TEREZA BATISTA CANSADA DE GUERRA
JORGE AMADO



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