Elizabeth sentia-se cada vez mais envergonhada de si mesma. Não podia pensar em Darcy nem em Wickham sem sentir que fora cega, parcial, preconceituosa e absurda.
"Como minha conduta foi desprezível!", pensou ela. "Eu, que me orgulhava tanto de ter discernimento! Eu, que valorizava minha inteligência! Tantas vezes desdenhei a generosa candura de minha irmã, e gratifiquei minha própria vaidade com inúteis e censuráveis desconfianças. Que descoberta humilhante! Mas como é justa esta humilhação! Eu não poderia ter agido mais cegamente nem se estivesse apaixonada! Mas a vaidade, não o amor, foi a minha tolice! Lisonjeada com a preferência de um e ofendida com a negligência de outro, logo no início de nossas relações, cortejei a parcialidade e a ignorância e afastei a razão em relação a ambos. Até este momento, eu não conhecia a mim mesma".
Orgulho e preconceito, Jane Austen.
Gosto muito da Lizzy porque ela não é perfeitinha, mesmo sendo a heroína de um romance. Acho que de todas as personagens literárias que eu já li, foi com a qual eu mais me identifiquei, tanto pelas qualidades como pelos defeitos!!
ResponderExcluirOs melhores personagens são assim: nada perfeitos, extremamente humanos, capazes de nos emocionar de verdade!!
ResponderExcluirRealmente, ela tem os seus defeitos e é exatamente por isso que ela acaba sendo tão perfeita aos nossos olhos!
ResponderExcluirSou apaixonada pela personagem da Lizzy... ela é crítica, tanto para com os outros quanto para si mesma. É difícil fazer essa auto-análise, na maioria das vezes...
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