sexta-feira, 29 de julho de 2011
Tudo o que há de mais chique
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Teremos coisas bonitas pra contar
Ninguém, senhor do meu domínio
E, por valor, eu tenho
E temo o que agora se desfaz
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus, nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá
É a verdade o que assombra
O descaso que condena
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão
Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo, então
Tudo passa, tudo passará
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E, até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora
Apenas começamos
Trechos da música Metal Contra as Nuvens, Legião Urbana
Mr. Bennet e Lizzy
Mr. Bennet levantou os olhos do livro e fixou-os no rosto da sua esposa, com uma tranqüilidade que as suas palavras aflitas não alteraram.
— Não tenho o prazer de compreendê-la — disse ele, depois que ela acabou de falar. — Não sei de que está falando.
— De Mr. Collins e Lizzy. Lizzy declara que não quer Mr. Collins e este começa a achar que não quer Lizzy.
— Que é que eu poderei fazer? A situação parece irremediável.
— Fale com Lizzy pessoalmente. Diga que quer que ela se case com ele.
— Chame-a aqui. Eu darei a minha opinião.
Mrs. Bennet tocou a campainha e mandou dizer a Miss Elizabeth que viesse .
— Venha cá, minha filha — disse o pai, ao ver Elizabeth. — Mandei chamá-la para tratar de um assunto importante. Disseram-me que Mr. Collins lhe fez uma proposta de casamento. É verdade?
Elizabeth respondeu que era.
— Muito bem. E você recusou essa proposta?
— Recusei.
— Muito bem, chegamos agora ao assunto. Sua mãe insiste em que você aceite. Não é assim, Mrs. Bennet?
— Sim, ou eu nunca mais tornarei a vê-la.
— Você está diante de uma alternativa difícil, Elizabeth. De hoje em diante você terá que se tornar uma estranha para um dos seus pais. Sua mãe nunca mais olhará para você se não se casar com Mr. Collins. E eu nunca mais a verei se você se casar.
Lizzy
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Decifrando o caráter
Grande tenda.
Depois do jantar.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Baile
Belos olhos
Mr. Darcy & Elizabeth
He can only hold her
Arrumar marido
Orgulho e Preconceito, Jane Austen.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Alimento do amor
Lady Catherine
sexta-feira, 22 de julho de 2011
conveniências do mundo
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Amor em família
Os deslimites da palavra
Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas
leituras não era a beleza das frases, mas a doença
delas.
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor,
esse gosto esquisito.
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno.
-Gostar de fazer defeitos na frase e muito saudável,
o Padre me disse.
Ele fez um limpamento em meus receios.
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença,
pode muito que você carregue para o resto da vida
um certo gosto por nadas. . .
E se riu.
Você não é de bugre? - ele continuou.
Que sim, eu respondi.
Veja que bugre só pega por desvios , não anda em
estradas -
Pois é nos desvios que encontra as melhores surpresas
e os ariticuns maduros.
Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de
agramática.
Quando fui chuva...
Quando já não tinha espaço pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer acomodei
Minha dança os meus traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha e assim ser tua
Quando já não procurava mais
Pude enfim, usar os teus vestidos d'água
Me atirar tranqüila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas
E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver
Nada do que eu fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra a tua boca
E mesmo que em ti me perca
Nunca mais serei aquela
Que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela
Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas
E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver.
...felicidade conjugal...
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Questão de pura sorte
terça-feira, 19 de julho de 2011
Tudo menos mulher
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Nudez africana
sexta-feira, 15 de julho de 2011
mostrar afeição
Trecho de uma fala de Charlotte Lucas. Orgulho e Preconceito, de Jane Austen.
A ausência
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Preconceito
quarta-feira, 13 de julho de 2011
O último homem
O razoável
terça-feira, 12 de julho de 2011
Acaso
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Pouca confiança
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Mr. Darcy
Demasiada alma
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Chorar
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Proteção
A terra são braços e abraços
terça-feira, 5 de julho de 2011
Pedido de casamento: Mr Collins
— Acredite, minha cara Miss Elizabeth, que a sua modéstia, longe de prejudicá-la, acrescenta mais uma às suas outras perfeições. A senhora teria sido menos adorável aos meus olhos se não tivesse havido essa pequena resistência. No entanto, permita que lhe assegure que tenho a permissão da sua respeitável mãe para este empreendimento. A senhora dificilmente poderá ignorar o verdadeiro sentido das minhas palavras. No entanto, a sua natural delicadeza pode levá-la a dissimular. As minhas atenções foram marcadas demais para serem mal compreendidas. Quase desde o primeiro momento em que entrei nesta casa escolhi-a para companheira da minha vida futura. Antes de me deixar levar pelos meus sentimentos a este respeito, talvez convenha dizer-lhe as razões que tenho para me casar e além disso os motivos que me trouxeram ao Hertfordshire com o propósito de escolher uma esposa.
A idéia de que Mr. Collins, com toda a sua solenidade, pudesse ser levado pelos sentimentos provocou no espírito de Elizabeth tamanha hilariedade, que ela não pôde utilizar a curta pausa que se seguiu a fim de procurar detê-lo. Ele prosseguiu:
— Minhas razões para casar são: primeiro, penso que é uma obrigação de todos os pastores que se encontrem em boa situação, como eu, dar bom exemplo à sua paróquia. Em segundo lugar estou convencido de que isto contribuirá grandemente para a minha felicidade. E o terceiro motivo, que eu devia talvez ter mencionado primeiro, é o conselho e a expressa recomendação da muito nobre senhora que eu tenho a honra de chamar a minha protetora. Duas vezes ela condescendeu em dar-me a sua opinião sobre este assunto, sem que eu lhe pedisse. [...] Resta-me explicar por que lancei as minhas vistas sobre Longbourn de preferência ao lugar onde resido, em que, posso lhe assegurar, encontraria muitas moças encantadoras. Mas o fato é que, sendo eu o herdeiro do seu honrado pai, que no entanto pode ainda viver longos anos, achei que era do meu dever escolher uma esposa entre as suas filhas, para que o prejuízo destas pessoas possa ser o menor possível, quando aquele triste acontecimento tiver lugar; o qual entretanto, como eu já disse, pode demorar ainda muitos anos. Este foi o meu motivo principal, minha estimada prima, e estou certo de que ele não me diminuirá aos seus olhos. E agora nada me resta senão lhe exprimir, na linguagem mais apaixonada, a violência da minha afeição. Sou perfeitamente indiferente à fortuna e não farei nenhuma exigência dessa natureza a seu pai, pois sei perfeitamente que ela não poderia ser atendida. Sei também que as mil libras a quatro por cento, que só serão suas depois da morte de sua mãe, são tudo a que a minha prima tem direito. Sobre esse assunto, portanto, eu me conservarei silencioso. Pode ficar certa de que nenhuma observação pouco generosa atravessará os meus lábios depois que nos casarmos.
Tornava-se agora absolutamente necessário interrompê-lo.
— O senhor está se precipitando — exclamou Elizabeth. — Esquece que ainda não lhe dei uma resposta. É o que vou fazer, sem mais perda de tempo: aceite os meus agradecimentos pela honra que está me dando. Creia que o aprecio devidamente, mas é-me impossível fazer outra coisa senão recusar.
— Não é preciso que me ensine — replicou Mr. Collins, com um largo gesto da mão — que as moças costumam rejeitar as propostas do homem que secretamente tencionam aceitar, da primeira vez em que são feitas; e que às vezes até esta recusa se repete duas ou três vezes. Portanto, não estou absolutamente desencorajado pelo que acabou de dizer e espero dentro em breve conduzi-la ao altar.
— Digo-lhe sinceramente — exclamou Elizabeth — que a sua esperança me parece extraordinária depois da minha declaração. Asseguro-lhe que não sou dessas moças, se é que existem, que cometem a ousadia de arriscar a sua felicidade confiando nas possibilidades de um segundo pedido. Minha recusa é perfeitamente séria. O senhor não me poderia tornar feliz. E estou convencida de que sou a última mulher do mundo capaz de fazê-lo feliz. Creio até que se a sua amiga Lady Catherine me conhecesse me acharia sob todos esses aspectos mal qualificada para essa situação.
— Se eu tivesse certeza de que Lady Catherine pensaria assim... — disse Mr. Collins muito gravemente. — Mas não posso crer que Sua Senhoria desaprovasse a minha escolha. E pode ficar certa de que, quando tiver a honra de tornar a vê-la, falarei com todo o entusiasmo na sua modéstia, economia e outras estimáveis qualidades.
— Asseguro-lhe, Mr. Collins, que todos esses elogios serão desnecessários. É preciso que me conceda a licença de julgar por mim mesma e me faça o favor de acreditar no que digo. Desejo que se torne muito rico e muito feliz e, recusando-lhe a minha mão, faço tudo que está em meu poder para auxiliá-lo a atingir os seus fins. Fazendo-me este oferecimento, já teve ocasião de mostrar a delicadeza dos seus sentimentos e pode portanto tomar posse da propriedade de Longbourn quando o meu pai morrer, sem nenhum escrúpulo. O assunto pode ser considerado encerrado.
E dizendo estas palavras Elizabeth se levantou e teria saído da sala se Mr. Collins não tivesse se dirigido a ela:
— Quando eu tiver a honra de lhe falar pela segunda vez neste assunto, espero receber uma resposta mais favorável. Longe de mim, no entanto, acusá-la de crueldade neste momento, pois sei que é um costume do seu sexo rejeitar as primeiras propostas de um homem. E penso que me deu agora todos os encorajamentos compatíveis com a verdadeira delicadeza do caráter feminino.
— Realmente, Mr. Collins — gritou Elizabeth, com vivacidade —, o senhor me surpreende. Se o que eu lhe disse até agora pode lhe parecer um encorajamento não sei de que maneira lhe exprimir a minha recusa de maneira a torná-la convincente.
— Peço licença, minha encantadora prima, para aceitar a sua recusa apenas como uma questão de palavras. Minhas razões para acreditar nisto são em suma as seguintes: não me parece que a minha mão seja indigna da sua pessoa, nem tampouco a situação que posso oferecer-lhe. Minha posição na vida, minhas relações com a família De Bourgh e meu parentesco com a sua são circunstâncias que falam altamente em meu favor. E além disso a minha prima devia tomar em consideração também que, apesar dos seus muitos atrativos, não é certo que outra proposta de casamento lhe seja feita. O seu dote é infelizmente tão pequeno que provavelmente contrabalançaria os efeitos da sua beleza e das suas qualidades. Devo portanto concluir que ao me rejeitar não está falando seriamente e prefiro atribuir a sua recusa ao desejo de aumentar o meu amor, deixando-me na incerteza, de acordo com os costumes habituais das mulheres elegantes.
— Asseguro-lhe que não tenho quaisquer pretensões a esta espécie de elegância, que consiste em torturar e atormentar um homem respeitável. Prefiro que me dê a honra de acreditar na minha sinceridade. Repito os meus agradecimentos pela grande honra que me deu, mas é-me inteiramente impossível aceitá-lo. Todos os meus sentimentos o impedem. Posso falar mais claramente: não me considere uma mulher elegante que tem a intenção de atormentá-lo, mas uma criatura racional, falando a verdade do coração.
— A minha prima é um encanto! — exclamou ele, com um ar de desajeitada galanteria. — Estou persuadido de que, depois de sancionadas pela autoridade expressa de seus excelentes pais, minhas propostas não poderão deixar de se tornar aceitáveis.