Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
Consolo na Praia, Drummond
que bonito!
ResponderExcluirConfortador, esse poema!
ResponderExcluirMaravilhoso, apesar de tristee!!!
ResponderExcluirMas bom mesmo é chegar aqui no Beijódromo e ver o Clube das Literatas como página inicial!!! hahahaha quem foi???
Acho que foi a Mel!!! :)
ResponderExcluir